António Manuel Mamede Diogo (1957-2009)
Today passed away António Manuel Mamede Diogo, age 52, one of the best known and most respected FIDE arbiters in Portugal. Victim of a prolonged illness.
The last two Figueira da Foz International Chess Tournaments Antonio fulfilled his duties along side Carlos Dias. Quiet and unassuming, his professionalism and dedication to Chess will be sorely missed.
When Antonio first learned of his fatal illness, he refused to give up and feel sorry for himself. Antonio continued to live exactly as before, dedicating much of his free time to organizing and arbitring chess tournaments, both in Portugal and abroad. Never a bad word about anyone, never a complaint for having been dealt a bad hand, Antonio was an example for all of us.
My condolences to his family.
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Dirigente, árbitro e jogador vencido pela doença
António Manuel Mamede Diogo (52 anos), partiu. Em luta há 3 anos, contra uma doença que agora se revelou fatal!
Era árbitro da F.I.D.E., Tesoureiro e Secretário da Direcção da Associação de Xadrez de Leiria e jogador da A.E.F.C.R. Penichense.
Não era um particular amigo meu (nem posso dizer que o conhecesse bem, como pessoa, na realidade). Cruzei-me várias vezes com ele, nos vários papéis que desempenhou na modalidade.
A última vez que o encontrei, foi há uns meses no Torneio Internacional da Figueira da Foz, onde integrava a equipa de arbitragem, a que na altura fiz a justa e merecida referência, dado o desempenho meritório que em muito contribuiu para o sucesso da competição. Aí como nas restantes ocasiões onde nos cruzamos, a tónica que ficou foi a afabilidade, o gosto pelo xadrez, o low-profile nas atitudes (talvez aquilo a que costumamos chamar, um certo cavalheirismo).
Procurei junto de alguém que com ele privou de perto (enquanto amigo, dirigente e árbitro), recolher um depoimento que pudesse ilustrar melhor o homem Mamede Diogo: o árbitro internacional Carlos Oliveira Dias, que com bastante dificuldade dado o momento de dor, apenas foi capaz de balbuciar algumas frases cortadas por significativos silêncios:

“o amigo fabuloso que perdi, o árbitro fabuloso, o dirigente excepcional!… Nunca o soube zangado com ninguém… Teria como todos nós os seus defeitos, claro, mas era o que costumamos designar por um homem bom… Sem palavras nesta altura para dizer muito mais, recordo que depois de saber o mal de que padecia, um dos momentos em que parecia renascer, era defronte do tabuleiro de xadrez! Amava de facto o xadrez como poucos!… Vou sentir a falta dele em todos os planos… Gostava de dizer agora coisas bonitas em sua homenagem pois ele era de uma bondade tal, que merecia. Mas não sou capaz…”
Tive a nítida sensação ao ouvir as palavras que Carlos Dias ia deixando sair num supetão emocional, que muito mais haveria a dizer em memória e homenagem do Mamede Diogo que nos deixou. Ao mesmo tempo pensei: que melhor homenagem se pode prestar a alguém que parte, do que deixar bem clara a dor sentida pela perda? E isso fez o Carlos Dias, sem qualquer margem para dúvidas!
Á família e amigos próximos do António Mamede Diogo, aos seus colegas de clube do Penichense, à Associação de Xadrez de Leiria e a todos os seus clubes filiados, não posso deixar de expressar aqui a minha solidariedade e pesar pelo momento vivido.
SPRAGGETT ON CHESS